Unesp de Botucatu integra rede de laboratórios para identificar bebida adulterada em São Paulo
O Governo de São Paulo alerta a população sobre os principais sintomas relacionados à intoxicação por bebida adulterada com metanol. Em caso de sintomas como dores abdominais intensas, tontura e confusão mental, a orientação é buscar atendimento médico imediato. O socorro em até 6h após o início dos sintomas é fundamental para evitar o agravamento.
UNESP – A Unesp de Botucatu será uma das três unidades de analises laboratóriais (CIATOX) para identificação da intoxicação em até uma hora, a partir das coletas de sangue, urina e bebidas suspeitas de adulteração. Além da Unesp em Botucatu, também vão atuar na força tarefa, os laboratórios da USP e Unicamp que vão realizar os mesmos exames em Ribeirão Preto e em Campinas.
A intoxicação por metanol é grave, pode levar à cegueira permanente e até o óbito. O metanol pode estar presente em bebidas alcoólicas clandestinas e adulteradas, além de produtos como combustível, solventes e líquidos de limpeza, afirma a Agencia SP.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o paciente com quadro incomum após ingestão de bebida alcoólica deve ser procurar atendimento médico imediato, realizar exames laboratoriais e avaliação oftalmológica.
Para apoiar os profissionais de saúde no manejo e discussão de casos, o Centro de Vigilância Sanitária disponibiliza os Centros de Assistência Toxicológica (CiaTox), que oferecem orientação técnica especializada. Os contatos estão disponíveis no portal da SES (www.saude.sp.gov.br).
SETE – Dados do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo informam que foram confirmados sete casos de intoxicação por metanol, com suspeita de consumo de bebida adulterada. Outros 15 casos seguem em investigação.
SINTOMAS – Iniciais (até 6h após ingestão): dor abdominal intensa, sonolência, falta de coordenação, tontura, náuseas, vômitos, dor de cabeça, confusão mental, taquicardia e pressão arterial baixa;
Entre 6h e 24h: visão turva, fotofobia, visão embaçada, pupilas dilatadas, perda da visão das cores, convulsões, coma, acidose metabólica grave.
Em casos mais graves, o paciente pode evoluir para cegueira irreversível, choque, pancreatite, insuficiência renal, necrose de gânglios da base com tremor, rigidez e lentidão dos movimentos.