Biotério de Zebrafish será inaugurado em agosto na Unesp de Botucatu

Peixe também é conhecido como paulistinha. Será o primeiro da Unesp de Botucatu a produzir animais Livre de Patógenos Específicos.

O Laboratório TOXICAM (Núcleo de Avaliação do Impacto Ambiental sobre a Saúde Humana) da UNIPEX (Unidade de Pesquisa Experimental) da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/UNESP) realizará no dia 15 de agosto, a inauguração do Biotério de Zebrafish. A cerimônia está marcada para 9 horas, na sede da UNIPEX (Av. Prof. Mário Rubens Guimarães Montenegro – campus de Rubião Júnior).

O evento contará com apresentação do mural interativo “Zebrafish na onda da ciência” e abertura da exposição itinerante “Ciência e Arte em Movimento”, da Plataforma Zebrafish do Instituto Butantan. No período da tarde estão programadas visitas de alunos da rede pública de ensino de Botucatu.

Também conhecido como peixe Paulistinha, o “Zebra” é um pequeno peixe tropical de água doce, que mede por volta de cinco centímetros quando adulto. Natural de países asiáticos tem se tornado comum nos laboratórios do Brasil. Sua utilização tem apresentado resultados bastante significativos, devido à semelhança genética da espécie com os seres humanos (71% de similaridade de genes).

Seu genoma completo está disponível em bancos de dados. Outras vantagens do seu uso na pesquisa acadêmica são a transparência durante o estágio larval, rápido desenvolvimento e reprodução em larga escala. Um casal de peixes pode ter até 200 embriões por acasalamento, o que permite gerar uma mostra estatisticamente relevante por um baixo custo.

O peixe tem se mostrado excelente modelo experimental para estudos comportamentais, genéticos, toxicológicos e para desvendar o mecanismo de diversas doenças humanas bem como testar novos agentes terapêuticos antes de submeter o ser humano ao seu uso.

“Em comparação aos roedores, o custo de criação e manutenção do Zebrafish é menor. Ele gera economia sem perder a relevância dos dados gerados nas pesquisas científicas. Seu uso se torna mais barato porque ele é menor e em pouco espaço é possível fazer a criação de inúmeros animais. Para se ter uma ideia, custa em média oito reais para manter um rato por dia para pesquisa e o Zebrafish em torno de sessenta centavos. Gera uma economia bastante relevante”, comenta a doutoranda Paloma Vitória Lima Peixoto, que integra a equipe do TOXICAM.

Segundo ela, o Biotério Zebrafish será o primeiro da Unesp de Botucatu a produzir animais com status sanitário SPF (Livre de Patógenos Específicos), o que garante a excelência dos reagentes biológicos e oferece segurança e confiabilidade para as pesquisas desenvolvidas. Localizada no Bloco V da UNIPEX, a estrutura será composta por sala de criação e manejo das matrizes, sala de experimentação e sala de equipamentos.

O biotério estará sob gestão do TOXICAM, que tem como coordenadora técnica e administrativa, a Profa. Dra. Lílian Cristina Pereira, professora do Departamento de Bioprocessos e Biotecnologia da Faculdade de Ciências Agronômicas, docente do corpo permanente do programa de Pós-Graduação em Patologia da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) na linha de pesquisa em Toxicologia Patológica e docente do corpo permanente do programa de Pós-Graduação em Biotecnologia do Instituto de Biociências de Botucatu (IBB).

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