Conexões Verdes: projeto do orquidário do IBB/Unesp promove vivências de conservação ambiental com o Coletivo 60+

Desde 2024, a coleção do orquidário do Jardim Botânico do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu (JB/IBB) vem passando por um processo contínuo de revitalização, que incluiu ações essenciais como a remoção de pragas, reorganização do espaço e instalação de um novo piso de pedras. Esses primeiros passos prepararam o ambiente para uma etapa ainda mais significativa iniciada em 2025: a incorporação de discentes de graduação de diferentes cursos na rotina de cuidados da coleção.

Com o envolvimento dos estudantes e servidores, o orquidário ganhou novos olhares e uma dinâmica de trabalho integrada ao aprendizado. As plantas foram transplantadas, receberam identificação e passaram a ser fotografadas em seus períodos de floração, registrando a diversidade de cores, formas e até perfumes presentes no espaço. Essas atividades foram além da conservação física das espécies e transformaram o orquidário em um laboratório vivo, onde conceitos de biologia, ecologia e botânica se conectam à prática cotidiana.

Esse movimento deu origem ao projeto “Conexões Verdes: as orquídeas na troca dialógica pela Preservação Ambiental”, conhecido no dia a dia como Projeto Orquídeas. A iniciativa tem buscado aproximar a comunidade do ambiente universitário por meio de ações educativas que valorizam o diálogo e a troca de experiências como ferramentas de sensibilização para a conservação da natureza.

Recentemente, o grupo realizou uma atividade no Coletivo 60+, que reuniu participantes em uma oficina prática de replantio e cuidados com orquídeas. A proposta foi complementada por um teatro vivo preparado pelos discentes, que abordou, de forma leve e lúdica, os impactos do extrativismo e do comércio ilegal dessas plantas. Durante a encenação, os participantes representaram orquídeas de uma floresta conservada e, conforme as ações fictícias de coleta avançavam, puderam perceber como a retirada de indivíduos afeta a beleza, o equilíbrio e até os polinizadores que dependem dessas interações.

O encontro promoveu momentos de troca, acolhimento e reflexão sobre a responsabilidade coletiva na proteção do meio ambiente. Para o grupo, cuidar de uma orquídea tornou-se metáfora de algo maior: a manutenção das relações ecológicas que sustentam a vida. A manhã terminou com a certeza de que aprender sobre conservação pode ser um processo prazeroso, criativo e profundamente humano, reforçando o compromisso do IBB/Unesp com iniciativas que unem ciência, comunidade e educação ambiental.

Compartilhe nas Redes Sociais