Fiscalização revela problemas graves na merenda escolar em escolas da região
Uma operação surpresa realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em 371 escolas públicas — municipais e estaduais — revelou falhas preocupantes na alimentação oferecida aos alunos. São Manuel e Bariri aparecem na fiscalização do TCE, em escolas do Estado.
Em 5,4% das escolas fiscalizadas as equipes do TCE, divididas entre os 382 auditores da corte, encontraram alimentos vencidos. Outras 10,2% apresentavam alimentos de origem animal, como carne bovina, sem registro em órgãos de inspeção, diz relatorio distribuido pelo TCE SP.
A fiscalização cita cidades com problemas na merenda nas escolas de São Manuel, Tatuí e em Bariri, local em que os alunos da escola Professora Julieta Rago Foloni, almoçam às 8h45.
A Prefeitura de Bariri informou à reportagem da Folha de São Paulo, que publicou os dados da fiscalização, que a medida do almoço no horário do café da manhã “visa garantir a boa qualidade do serviço”.
Em São Manuel, na região de Botucatu, duas escolas foram fiscalizadas e apontada irregularidades na escola Estadual Dr. Manuel Chaves, que tinha carne armazenada de maneira fragmentada e sem rótulo, no momento da Fiscalização do TCE. Não houve manifestação da Diretoria de Ensino de Botucatu e da Prefeitura sobre o assunto.
Em Tatuí, equipes de fiscalização constataram verduras e legumes impróprios para o consumo na escola estadual Semiramis Turelli Azevedo.
Não houve fiscalização em escolas no Município de Botucatu, mas na região, ocorreram fiscalizações, sem apontamentos de irregularidades em escolas de Anhembi, Agudos, Bauru, Igaraçu do Tietê, Mineiros do Tietê e Prataria.
Entre os principais problemas encontrados pelo TCE SP estão:
Alimentos vencidos em 5,4% das escolas.
Carne moída com pedaços de plástico, como constatado em Diadema.
Produtos sem registro sanitário, como carne bovina de origem desconhecida.
Almoço servido às 8h45, em horários inadequados.
Armazenamento incorreto da merenda em 28% das unidades.
Problemas com refrigeração em 34,6% das escolas.
Caixas d’água sem higienização atualizada em 24% dos locais.