Mãe se revolta após escola EECA estipular período para alunos usarem banheiro em Botucatu

Mulher publicou nas redes sociais uma foto do aviso com os horários de uso dos banheiros acompanhada de um desabafo de indignação

A indignação de uma mãe após a escola de sua filha, em Botucatu (SP), estipular um horário para o uso do banheiro por parte dos alunos viralizou nas redes sociais.

No relato, publicado nesta segunda-feira (6), Lucélia de Carvalho Nunes, de 40 anos, expressou sua indignação sobre a medida adotada pela Escola Estadual Cardoso de Almeida. Na publicação, a mãe compartilhou uma foto do cartaz que foi colocado em frente ao banheiro feminino.

“Estou indignada com essa situação. Onde já se viu ter horário para ir ao banheiro? Você consegue colocar horário nas suas necessidades? Quer dizer que se der 10 horas e uma aluna ou um aluno precisar ir ao banheiro, não pode?”, questiona a analista de projetos na postagem.

Lucélia contou que ficou sabendo do caso após a sua filha, que estuda na unidade, de 15 anos, ter mandado uma mensagem com uma foto do cartaz. Ela afirma que ficou em choque com a alternativa encontrada pela direção da escola. “Achei um absurdo, fiquei em choque.”

Lucélia disse que tentou ligar na escola para entender a medida, mas ninguém atendeu. Ela reforçou que entende a importância de estabelecer limites no ambiente escolar, mas que a ação fere o direito de liberdade dos alunos.

Questionada sobre a medida da escola, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo disse que esse tipo de conduta não faz parte das diretrizes da pasta.

“A equipe gestora da E.E. Cardoso de Almeida já retirou o aviso e foi reorientada pela supervisão da Diretoria de Ensino de Botucatu para que os alunos tenham livre acesso aos banheiros. A Diretoria de Ensino e a escola estão à disposição da comunidade para esclarecimentos”, completa.

“Concordo que existem limites, mas acredito que um professor consegue saber se o aluno está extrapolando com as saídas da sala de aula. Isso não tem cabimento. É inaceitável”, comenta a mãe.

“Se a escola está sem funcionários, é uma questão que os alunos não têm culpa. Eu simplesmente espero que o banheiro seja de livre acesso a qualquer hora”, completa.

Fonte: Acontece Botucatu

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