Museu Tião Carreiro recebe exposição em celebração aos 100 anos de Helena Meirelles, a Dama da Viola
O Museu Tião Carreiro, administrado pelo Instituto Jatobás, apresenta uma programação especial. No domingo, 20 de outubro, o museu inaugura uma exposição gratuita em homenagem aos 100 anos de Helena Meirelles, conhecida como a Dama da Viola. O acervo, composto por fotografias e recortes de jornais que retratam a vida e carreira da artista, é resultado de uma pesquisa feita pelo curador Bolivar Porto, a convite de Wanda Brito, coordenadora da Concha Acústica Helena Meirelles.
Fruto de uma parceria entre o Museu Tião Carreiro, a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e a equipe da Concha Acústica, a exposição chega a Pardinho, no interior de São Paulo, e ficará aberta ao público até 23 de novembro.
“Essa parceria tem sido muito valiosa para o Instituto Jatobás, o Museu Tião Carreiro e o Centro Max Feffer. Estamos muito emocionados por poder acolher esta exposição em nosso Museu e assim homenagear dois grandes mestres da cultura raiz lado a lado, Helena Meirelles e Tião Carreiro. Nosso objetivo é ampliar a oferta de exposições e atividades educativas e culturais para nossos visitantes. Estamos ansiosos para a inauguração desta exposição que representa um importante diálogo cultural entre o legado de mestres e instituições de preservação da memória e manutenção do patrimônio imaterial”, destaca Patrícia Ceschi, Gestora do Centro Max Feffer.
Helena Meirelles, natural de Campo Grande – Mato Grosso do Sul, começou a tocar instrumentos de forma autodidata aos 9 anos de idade. Aos 16, deixou sua casa para perseguir seus sonhos. Mãe de 11 filhos, ela também trabalhou como lavadeira, benzedeira e parteira. Com um repertório que reflete a rica tradição da música de fronteira do cerrado, marcado por influências paraguaias, Helena lançou quatro discos entre 1994 e 2002, alcançando cerca de 100 mil cópias vendidas. Seu talento ganhou projeção internacional em 1993, quando foi destaque na revista norte-americana Guitar Player.