Reino Unido amanhece enlutado, súditos se despedem e mais de 9 de setembro
A Grã-Bretanha acorda nesta sexta-feira (9) para seu primeiro dia em mais de 70 anos sem a rainha Elizabeth II no comando, enquanto pessoas de todo o país e do mundo lamentam a morte do monarca
Grã-Bretanha acorda em luto no 1º dia em 70 anos sem sua rainha
A Grã-Bretanha acorda na sexta-feira (9) para seu primeiro dia em mais de 70 anos sem a rainha Elizabeth II no comando, enquanto pessoas de todo o país e do mundo lamentam a morte do monarca.
Homenagens de todo o mundo para Elizabeth, que morreu aos 96 anos após o reinado mais longo da história britânica, um período durante o qual ela supervisionou os últimos espasmos do império britânico, resistiu à agitação global e ao escândalo doméstico, recebeu 15 primeiros-ministros, e modernizou dramaticamente a monarquia.
O filho mais velho da rainha, Charles, agora se tornou o rei Charles III. As próximas horas e dias verão um itinerário de eventos para honrar sua vida e orientar a transição à frente, mas sua morte deixa um vazio para o Reino Unido em um momento de grandes desafios, em meio a uma mudança na liderança política e uma recessão econômica iminente.
Rei Charles III solicita longo período de luto real pela rainha Elizabeth II
O rei Charles III pediu que um período de luto real seja observado desta sexta-feira (9) até sete dias após o funeral da rainha, de acordo com um comunicado do Palácio de Buckingham, que acrescentou que a data do funeral será confirmada “no devido tempo”.
As residências reais vão fechar até depois do funeral da rainha, de acordo com o Palácio. O Luto Real é um processo separado do Luto Nacional, que também começou na sexta-feira.
O período de luto real será observado por “membros da família real, funcionários da casa real e representantes da casa real em funções oficiais, juntamente com tropas comprometidas com deveres cerimoniais”, segundo comunicado do Palácio de Buckingham.
Veja quem foi comunicado primeiro sobre a morte da rainha
Quando foi acionado, nesta quinta-feira (8), o plano de procedimentos para o caso da morte da rainha Elizabeth II, a monarca já havia morrido, mas o mundo ainda não sabia.
Foram feitos boletins sobre o estado de saúde de Elizabeth II. O secretário privado da rainha serviu de intermediário e a primeira-ministra Liz Truss recebeu a chamada para informar que “a Ponte de Londres caiu”.
Essas comunicações foram feitas por meio de sistemas próprios para permitir que a notícia da morte chegasse primeiro aos líderes políticos e diplomatas da Commonwealth, que colocaram uma faixa preta no braço. Só depois é que o resto do mundo foi informado.
A notícia, então, se tornou pública por meio de um comunicado de imprensa. O site da família real passou a ter um fundo preto com a mensagem: “a rainha morreu”.
Xi Jinping, líderes asiáticos e da Oceania lamentam morte de Elizabeth II
O presidente chinês Xi Jinping enviou uma mensagem de condolências nesta sexta-feira (9) ao rei Charles III após a morte da rainha.
“Em nome do governo chinês, do povo chinês e de si mesmo, Xi expressou profundas condolências pelo falecimento da rainha Elizabeth II e estendeu sinceras condolências à família real, ao governo e ao povo do Reino Unido”, informou a mídia estatal chinesa CCTV.
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, descreveu a morte da rainha Elizabeth como o fim de um capítulo na história, enquanto líderes do Pacífico lamentavam a morte da monarca de 96 anos.
Com a morte de Elizabeth, Charles tornou-se monarca do Reino Unido e chefe de estado de 14 outros reinos, incluindo Austrália, Nova Zelândia, Tuvalu, Ilhas Salomão e Papua Nova Guiné.
“Jovem ou velho, não há dúvida de que um capítulo está se encerrando hoje, e com isso compartilhamos nossos agradecimentos por uma mulher incrível que tivemos a sorte de chamar de nossa rainha”, disse Ardern em entrevista coletiva. “Ela foi extraordinária.”
Morte da rainha Elizabeth II encerra uma era e abre nova fase no Reino Unido
A rainha Elizabeth II, que morreu nesta quinta-feira (8), foi a mais longeva monarca britânica e se tornou, ao longo dos 70 anos de seu reinado, não apenas um símbolo de seu país, mas também um ícone da história e uma referência para diferentes setores, da diplomacia à cultura pop.
Filho mais velho da monarca, o agora rei Charles III terá pela frente a missão de suprir a ausência de uma rainha que conseguiu superar diferentes crises e períodos turbulentos.
Neste episódio do E Tem Mais, Carol Nogueira apresenta um balanço das reações à morte da rainha Elizabeth II.
Para traçar um panorama sobre o legado da monarca e as expectativas para o reinado de Charles III, participam deste episódio os pesquisadores Carlo Cauti, professor de relações internacionais do Ibmec-SP, e Vinicius Rodrigues Vieira, da Faap.
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Fonte: CNN Brasil