Análise: intensidade do “1 ao 11” leva rejuvenescido São Paulo para a final do Campeonato Paulista

Com tardes inspiradas de jovens como Pablo Maia, Nestor e Welington, Tricolor sobrou na semi

Intensidade é a palavra que resume a tarde do último domingo vivida pelo São Paulo no estádio do Morumbi. Do primeiro ao último minuto, o ritmo acelerado, principalmente sem a bola, fez a diferença para o Tricolor vencer o Corinthians pelo placar de 2 a 1, no Morumbi, e avançar à decisão do Paulistão contra o Palmeiras, na briga pelo bicampeonato estadual.

O gol com menos de um minuto não veio. Porém, o ritmo em outra rotação na comparação com o Corinthians acabou demonstrado durante boa parte da semifinal. Nenhum atleta corintiano tinha sossego com a bola nos pés. O rejuvenescido time de Rogério Ceni se sobressaiu diante do experiente elenco de Vitor Pereira.

A intensidade demonstrada no gramado foi trabalhada desde quinta-feira, repetindo um padrão são-paulino diante do Corinthians no Morumbi. Pela terceira vez com Rogério Ceni, o São Paulo aperta, não deixa o Timão respirar e sai vitorioso.

Há 17 anos, o time não vencia três consecutivas contra o arquirrival. O padrão nestes três compromissos remete à intensidade são-paulina sobrando diante de um Corinthians muito abaixo neste quesito, sem competir.

– Durante a semana sabíamos que a intensidade ia fazer a diferença, como realmente fez. Trabalhamos em cima disso – afirmou o lateral-esquerdo Welington, transformando em palavras o que o time demonstrou em campo neste domingo.

O termo foi repetido por Alisson, outro a demonstrar o quanto essa intensidade sem a bola nos pés tornou-se parte fundamental do trabalho que antecedeu o compromisso de domingo.

– Eu citaria duas palavras: intensidade e união. O grupo está bastante unido. Estamos trabalhando muito todos os dias, o Rogério nos cobra bastante – declarou o atacante, autor do segundo gol.

O São Paulo de Rogério Ceni tem essa intensidade competitiva como principal característica, e jogos como este de domingo só reiteram esta percepção. É este Tricolor mais operário, com todos no mesmo ritmo, que chega à decisão para brigar pelo bicampeonato.

Rogério Ceni tem um plano, e ele vem sendo cumprido à risca.

O que deu certo

Novamente, os encaixes promovidos pela comissão técnica são-paulina detonaram o trabalho de bola do Corinthians. Pablo Maia, Igor Gomes, Rodrigo Nestor e Alisson dominaram o setor de meio-campo e deram poucos espaços para Renato Augusto, Giuliano, Paulinho e companhia.

O ritmo mais acelerado também fez a diferença com a bola nos pés. Afinal, somente com um passe de primeira de Rodrigo Nestor, o São Paulo conseguiu quebrar as linhas corintianas, com Welington recebendo no mano a mano e finalizando com precisão para o gol.

O ritmo em outra rotação na comparação com o rival apareceu no segundo gol. Luciano clareou a jogada com um passe, Igor Gomes acelerou para Calleri, que cruzou e encontrou Alisson completamente livre.

Foi um São Paulo moderno, disputando todos os espaços e sobrando diante de um talentoso, mas lento adversário.

O que deu errado

Em uma atuação segura, o grande erro veio do goleiro Jandrei. Fundamental com a bola nos pés para o desenvolvimento ofensivo do São Paulo, o jogador bobeou neste domingo, perdeu a bola para Jô e recolocou o Corinthians no confronto.

Uma classificação praticamente certa transformou os minutos finais em um jogo mais tenso do que o necessário. A rotação acima de quase todo o confronto ficou para trás neste lance, que poderia ter mudado a história da classificação são-paulina.

Próximos passos

O São Paulo agora direciona todo o foco para a decisão do Campeonato Paulista. Um congresso técnico a ser realizado na manhã desta segunda-feira vai definir as datas da decisão.

Porém, segundo o planejamento pré-estabelecido pelo clube, a equipe se prepara para receber o Palmeiras na quarta-feira e decidir o troféu como visitante no fim de semana.

Fonte: ge

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