Covid-19: Saúde confirma variante ômicron em Limeira; caso é o primeiro importado no interior do estado

Paciente é uma mulher de 40 anos que viajou à África do Sul e à França em novembro.

A Secretaria de Saúde de São Paulo confirmou neste domingo (12) a variante ômicron da Covid-19 em uma moradora de Limeira (SP). Este é o quinto caso da variante no estado e o primeiro importado a ser confirmado no interior de São Paulo, os demais foram registrados na capital paulista.

A paciente é uma mulher de 40 anos que viajou à África do Sul e à França em novembro. No dia 6 de dezembro, a Saúde municipal informou que estava monitorando a suspeita da variante na moradora.

A mulher tem esquema vacinal completo com duas doses da AstraZeneca e relatou apenas sintomas leves, como dor de cabeça, tosse e secreção nasal. Ela está sob monitoramento da Vigilância municipal de Limeira e em isolamento domiciliar, sem contato com marido e filho, que já tiveram resultado negativo para exame de PCR.

“A paciente teve diagnóstico positivo para Covid-19 no dia 3 de dezembro, após realizar um teste de antígeno. Sua amostra foi submetida a sequenciamento genético pelo Instituto Adolfo Lutz, com resultado para a nova variante”, diz a nota.

Ainda de acordo com a Saúde estadual, todos os pacientes confirmados com a ômicron no estado tinham vacinação completa e relato de sintomas leves ou assintomáticos.

Importância da 2ª dose e do reforço

Os cinco casos de Ômicron identificados em SP até o momento evidenciam manifestação branda da Covid-19, o que pode estar associado ao fato de que todos tinham concluído seu esquema vacinal (ou seja, tinham tomado imunizante de dose única ou duas doses para demais).

Em todo o estado, 3,4 milhões de faltosos ainda não receberam a segunda dose e, por isso, podem estar mais vulneráveis à Covid-19, uma vez que apenas a conclusão do esquema prevê proteção adequada.

Aqueles que já completaram o ciclo vacinal, têm mais de 18 anos e um intervalo de quatro meses entre as doses da Coronavac/Butantan, Astrazeneca/Fiocruz e Pfizer, podem procurar os postos de vacinação para a dose adicional. Quem tomou a dose única da Janssen podem se imunizar com a dose adicional a partir de doses meses.

Além das vacinas, as medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus, como uso de máscara e higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel.

O que se sabe e o que falta saber

No dia 26 de novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a B.1.1.529 como variante de preocupação e escolheu o nome “ômicron”. Com essa classificação, a nova variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia: alfa, beta, gama e delta.

A ômicron é considerada de preocupação, pois tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína “spike” (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).

Veja o que se sabe:

  • Evidências sugerem que ômicron pode facilitar a reinfecção
  • Todos os continentes registraram casos da variante
  • Medidas não farmacológicas (máscara, distanciamento, ambientes ventilados) funcionam contra variantes
  • Não há registro de morte ligada à nova cepa
  • Variante apresenta um “grande número de mutações”, algumas preocupantes
  • Farmacêuticas estão trabalhando em vacinas contra a Covid-19
  • Ômicron é muito transmissível

O que ainda não se sabe:

  • Se a ômicron é mais transmissível que a delta
  • Se a ômicron causa sintomas mais graves e mortes
  • Se a nova variante apresenta resistência à vacinação

Fonte: g1

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