Frota de Botucatu tem 109 mil veículos, segundo Denatran
Que Botucatu tem um trânsito complicado, todo mundo sabe. A cada dia surgem mais reclamações pelos mais diversos motivos, como falta de educação, vias apertadas, entre outros. Mas talvez, um fator seja determinante para essa sensação de piora durante os anos: o aumento da frota.
O Acontece Botucatu fez uma consulta ao DENATRAN sobre as estatísticas de nossa cidade em todas as categorias de veículos e os números chegam a espantar, principalmente se levarmos em conta que a estrutura viária da cidade pouco evoluiu.
Nas últimas duas décadas a frota de veículos cresceu mais de 270%. Em 1998 tínhamos menos de 40 mil veículos registrados no município. Hoje a frota, contando todas as categorias, é de 108.922 veículos.
Durante o período de pandemia, houve um crescimento abaixo dos últimos anos. Entre 2020 e 2022 as motocicletas tiveram um aumento de vendas. O crescimento de novas motocicletas foi de 5% contra 1% de novos carros.
Com uma população estimada de 148 mil habitantes, a média é 0,73 veículo por habitante. Os dados foram contabilizados até fevereiro de 2022 pelo DENATRAN.
É válido destacar que a frota de veículos muda constantemente, já que da mesma forma que veículos zero km ou vindos de outras localidades são incorporados, alguns são transferidos do município para outras cidades.
Hoje a frota de Botucatu é composta da seguinte forma, somente com as principais categorias de veículos:
Total – 108.922 (104.995 em 2020) crescimento de 3,6%
Automóveis – 65.975 (65.253 em 2020) crescimento de 1 %
Motocicleta – 18.394 (17.437 em 2020) crescimento de aproximadamente 5%
Caminhão – 1983
Trator – 390
Caminhonete – 8348
Caminhoneta – 4584
Micro-ônibus – 157
Motoneta – 3.621
Ônibus – 500
Utilitários – 1079
Reboque – 2.635
Semi-reboque – 594
Estrutura que não acompanhou o crescimento
A frota triplicou em 25 anos, mas a estrutura viária de Botucatu demorou para ter novos acessos. As obras mais expressivas nesse período foram a duplicação das Rodovias Domingos Sartori e Antônio Butgnoli, que ligam Botucatu à Rubião Junior e mais recentemente o anel viário na zona leste da cidade.
Considerado ponto nevrálgico do trânsito em Botucatu, a ligação área central e região norte teve apenas o alargamento do viaduto na Major Matheus em 1999 como alternativa. Essa área concentra bairros populosos como Vila dos Lavradores, Vila Antártica e Jardim Paraíso. O viaduto que liga os bairros Jardim Cristina e Jardim Paraíso veio como uma esperança para desafogar o fluxo dessa região.
Outro ponto crítico é a Avenida Dante Delmanto. Em horários de pico recebe o fluxo da Antônio Butignoli na volta da Unesp e Marechal Rondon. O comércio ali cresceu, o número de alunos, funcionários e pacientes da Unesp aumentou e a via pouco apresentou de alternativas nas últimas duas décadas.
Esses são apenas alguns exemplos de uma cidade que pouco foi estimulada para se expandir nas últimas duas décadas. Apenas entre 2012 e 2014 houve demanda para a extensa área que margeia a Rodovia João Hipólito Martins, com as construções do Fórum e Shopping Botucatu respectivamente.
Fonte: Acontece Botucatu