Salário mínimo deve subir para R$ 1.192 em 2022; e teto do INSS a R$ 6.973

Ministério da Economia revisou novamente a previsão da inflação para 2021. INPC deve fechar o ano em 8,4%, podendo pressionar ainda mais o Orçamento de 2022, já que o governo considerou a inflação em 6,2%

Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia elevou novamente a projeção da inflação para este ano nesta quinta-feira (16/9). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que embasa o reajuste do salário mínimo, deverá fechar 2021 em 8,4%. Essa alta vai pressionar ainda mais o Orçamento de 2022, já que o governo considerou a inflação em 6,2%.

Com a nova previsão, o salário mínimo poderá subir dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.192,40 no ano que vem. Com base no mesmo índice de reajuste, o teto do INSS passaria dos atuais R$ 6.433,57 para R$ 6.973,99.

O INPC baseia a correção anual do salário mínimo pelo governo. Se esse aumento previsto se confirmar e não houver mudança no cálculo, o reajuste do salário mínimo em 2022 também será maior que o estimado anteriormente. Essa é a mesma estimativa do último Boletim Macrofiscal, de julho. De acordo com a SPE, apesar do recuo de 0,1% do PIB no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano, o crescimento interanual de 12,4% indicaria recuperação em relação ao vale da crise de 2020.

“O destaque do PIB pelo lado da oferta foi o desempenho dos serviços, com alta de 0,7% ante o trimestre anterior, com ajuste sazonal”, acrescentou a Economia. Para 2022, a estimativa de alta no PIB passou de 2,51% para 2,50%. O ministério manteve ainda as projeções de crescimento da economia de 2023, 2024 e 2025 — todas em 2,50%. “Esperam-se efeitos positivos das reformas pró-mercado e do processo de consolidação fiscal”, completou a SPE.

No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram uma alta de 5,04% para o PIB de 2021. Para 2022, a estimativa no Focus é de crescimento de 1,72%, mas diversos analistas já passaram a projetar uma expansão de menos de 1,0% no próximo ano após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ter dito, nesta semana, que a instituição aumentará os juros o quanto for necessário para conter a inflação.

Fonte: Correio Braziliense

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