SP vai retirar obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre; regras para escolas serão decididas na quarta

Em locais fechados, no entanto, nada muda: as máscaras seguirão, por ora, obrigatórias. Estudo da Vigilância Sanitária municipal também recomendou a liberação das máscaras em locais abertos.

O governo de São Paulo decidiu retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre em todo o estado. A decisão sobre quais regras valerão para as escolas só será tomada na manhã de quarta-feira (9), pouco antes da coletiva de imprensa do governador João Doria (PSDB) marcada para o anúncio das medidas. A informação foi confirmada para a GloboNews por integrantes do Comitê Científico estadual.

Para os técnicos do comitê, a liberação do uso de máscaras em ambientes abertos já pode ser determinada a partir desta quarta-feira (9). Em locais fechados, no entanto, nada muda: as máscaras seguirão, por ora, obrigatórias.

Nesta segunda-feira (7), o g1 revelou que um estudo da Vigilância Sanitária municipal recomendou a liberação das máscaras em locais abertos na cidade, e a manutenção da obrigatoriedade do equipamento contra a Covid-19 em lugares fechados.

O estudo foi enviado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) para o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) e encaminhado ao Comitê Científico estadual.

Também na segunda, a Prefeitura do Rio de Janeiro liberou a obrigatoriedade do uso da máscara em todos os espaços da cidade.

O estudo feito pela Vigilância Sanitária da cidade de São Paulo traz três recomendações:

  1. Seguir com as medidas não farmacológicas de precaução: manter a etiqueta respiratória; higiene das mãos; evitar aglomeração; manter o uso de máscaras em locais fechados, como transporte público;
  2. Intensificar a vacinação de dose de reforço da população adulta;
  3. A desobrigação do uso de máscaras ao ar livre, e ambientes abertos como ruas a parques.

De acordo com o estudo, as recomendações se dão no contexto de melhora de praticamente todos os indicadores da pandemia da Covid-19.

“Neste momento, o Cenário Epidemiológico é de queda importante do número de doentes pela Covid-19 nas últimas semanas e, os indicadores assistenciais apresentam as menores taxas de ocupação de leitos de UTI e Enfermaria desde 2020”, diz um trecho do estudo.

O estudo também cita a “robusta cobertura vacinal da capital em todas as faixas etárias elegíveis”.

Como mostrou o g1, a região metropolitana de São Paulo registrou a menor média móvel de novas internações por Covid-19 desde o início da pandemia. Foram, em média, 145,8 hospitalizações provocadas pela doença no último domingo (6). O melhor índice anteriormente era de 146,28 no dia 5 de dezembro de 2021.

Apesar da queda, ainda há mais de 1 mil pacientes internados com Covid-19 na Grande SP. Neste domingo (6), há 1.819 pessoas com coronavírus em leitos de UTI e enfermaria. O menor total foi registrado em 10 de dezembro de 2021, com 1.217 internados.

No pior momento da pandemia, em março de 2021, o índice chegou a ser de 1.819 novas internações diárias na Grande SP. Na época, o estado enfrentou esgotamento de leitos e ao menos 230 pessoas com Covid-19 ou suspeita morreram na fila por um leito de UTI na região metropolitana.

Covid nas escolas

Pouco mais de um mês após o início das aulas na rede estadual, os casos de infecção por coronavírus não explodiram.

Houve uma alta no meio de fevereiro, como em todo o estado, com a chegada da nova variante, a ômicron. Foram registrados casos de Covid em 247 escolas e o pico foi de 388 infectados –243 alunos, 138 servidores e 7 terceirizados. Os números, no entanto, representam uma porcentagem bem pequena da rede: menos de 5% das escolas e 0,01% do total de alunos e funcionários.

Essa semana, são sete escolas com apenas nove casos confirmados –cinco entre alunos e quatro entre servidores.

Mesmo no auge da segunda onda da pandemia, em março de 2021, só 466 escolas registraram casos de Covid, com 543 infectados, segundo os registros da Secretaria Estadual da Educação.

Uso da máscara em SP

O uso obrigatório de máscara de proteção contra o coronavírus começou no transporte público na Grande São Paulo, no dia 4 de maio de 2020.

Três dias depois, no dia 7 de maio, passou a ser obrigatório em todo o estado nas ruas, locais públicos, estabelecimentos, repartições públicas estaduais e no transporte por aplicativo.

Fonte: g1

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