Unesp lança aplicativo para triagem de sintomas de covid na retomada presencial

‘appCare’ será usado pela comunidade na prevenção do contágio pelo Sars-CoV-2 nos câmpus

Como parte da rede de proteção que está sendo formada para garantir a retomada presencial segura das atividades universitárias, a Unesp desenvolveu um aplicativo capaz de monitorar sintomas relacionados à covid-19 e encaminhar para atendimento possíveis suspeitas de casos da doença entre alunos, docentes e servidores técnico-administrativos da Universidade e dos colégios técnicos pertencentes à rede unespiana.

O “appCare”, como é chamada a ferramenta, está sendo lançado nesta segunda-feira (25 de outubro) para toda a comunidade universitária por meio da seguinte plataforma online: https://pwa4.app.vc/appcareunesp/home. Em breve, o aplicativo poderá ser baixado por meio de smartphones, nas lojas de aparelhos celulares com sistema operacional Android (PlayStore) e iOS (Apple).

Na plataforma online, os unespianos já podem realizar a triagem de sintomas em poucos minutos, antes de se dirigirem às suas Unidades para o trabalho e ensino presencial. Basta preencher um formulário informando dados pessoais referentes ao câmpus em que estuda/trabalha e se já está com o esquema vacinal completo.

Na utilização do aplicativo, é feita uma triagem de sintomas. Se o estudante ou o trabalhador assinalar um ou mais dos nove sintomas listados, é orientado a buscar uma consulta virtual no E-Care Sentinela, a plataforma multiprofissional da Unesp para teleatendimento e teleaconselhamento em saúde.

Em paralelo, será realizada uma busca ativa para entrar em contato com as pessoas que relatarem sintomas, a fim de verificar o estado de saúde delas e checar se houve a busca por atendimento no E-Care Sentinela ou nas redes de saúde locais. O objetivo final dessa rede de proteção é prevenir e controlar possíveis transmissões do novo coronavírus nas unidades, tornando a retomada presencial o mais segura possível.

“Todo este processo, que inclui o que chamamos tecnicamente de ‘busca ativa’, está assentado em uma estratégia de fortes bases científicas e muito bem consolidada na saúde coletiva, que objetiva identificar precocemente os casos suspeitos e, rapidamente, implementar as devidas medidas de controle. Uma vez implantada a ferramenta e alcançada a adesão de nossa comunidade a ela, teremos uma boa efetividade na prevenção do contágio pelo novo coronavírus nos nossos câmpus universitários”, afirma a médica Ludmila Braga, coordenadora de saúde e segurança do trabalhador na Unesp e presidente do Comitê Unesp Covid-19, criado em resposta à pandemia.

“No SUS, aplicamos a busca ativa em diversas situações. A busca ativa de sintomáticos gripais é algo bem estabelecido e, embora pareça trivial, é uma estratégia que tem a sua eficácia comprovada”, diz Ludmila Braga, que é mestre e doutora em saúde coletiva pela Faculdade de Medicina do câmpus de Botucatu da Unesp e trabalhou por anos no gerenciamento de serviços de atenção primária, que faziam análises epidemiológicas e decidiam quais estratégias deveriam ser adotadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em determinada região.

A implantação do “appCare” e o funcionamento do serviço multiprofissional do E-Care Sentinela, pensados para conferir automatismo ao monitoramento da covid-19 em uma universidade multicâmpus como a Unesp, integram um conjunto de ações mais abrangente de promoção à saúde na Universidade. Neste ano, por meio de contratações emergenciais de médicos, enfermeiros e psicólogos, todos os 24 campus universitários agora contam com profissionais da área da saúde, mesmo aqueles que não têm uma Seção Técnica de Saúde (instância executora) formalmente constituída. Esse aumento no número de profissionais de saúde garante que todos os formulários de triagem de sintomas a serem preenchidos no “appCare”, por exemplo, sejam analisados por equipes especializadas, com a necessária garantia do sigilo profissional. “A comunidade pode se sentir tranquila de preencher”, diz a médica Ludmila Braga.

Diálogo

Como a prevenção à covid-19 nos câmpus e o monitoramento de casos suspeitos e confirmados da doença dependem de um envolvimento significativo da comunidade universitária, o Comitê Unesp Covid-19 ampliou o diálogo com os sindicatos que representam os servidores docentes (Adunesp) e técnico-administrativos (Sintunesp).

Neste mês, representantes dessas entidades foram convidados pelo comitê a conhecer como é feito o controle da covid-19 em uma unidade universitária e também o processamento dos testes de rastreamento por pool de saliva, uma técnica para identificação do Sars-CoV-2 (vírus causador da doença) reconhecida como inovação social pela Agência de Inovação (Auin). Em 14 de outubro, em uma visita à Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC), câmpus de Marília, integrantes da Adunesp e do Sintunesp acompanharam como são feitos a coleta, o recebimento, o armazenamento e o encaminhamento das amostras dos exames realizados na unidade, sob responsabilidade da enfermeira Nádia Castilho.

Em 22 de outubro, na última sexta-feira, representantes das duas entidades sindicais foram conhecer o processamento das amostras no Laboratório de Biologia Molecular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, sob responsabilidade da professora Rejane Grotto (FCA-Unesp). Na mesma visita, o professor Jayme Augusto de Souza-Neto explicou como funciona a Rede de Vigilância Genômica (Vigenômica), criada na Universidade para monitorar novas variantes do Sars-CoV-2 no interior.

“A construção e a continuidade dessas condições seguras de retorno para a atividade presencial passam pelo engajamento de todos. Algumas medidas são automáticas, eu diria obrigatórias, como é a necessidade de se estar imunizado”, diz Ludmila Braga. “É essencial que todas as medidas de prevenção de contágio disponíveis sejam implementadas, de fato. Daí ser indispensável a mobilização da comunidade unespiana nesse processo”, reforça a coordenadora de saúde e segurança do trabalhador na Unesp.

Além da médica e dos responsáveis pelas unidades, participaram da visita aos câmpus de Marília e/ou Botucatu os professores Dayse Iara dos Santos e Fábio Ocada, ambos da Adunesp, os servidores técnico-administrativos Alice da Silva Leite Vieira, João Carlos Camargo de Oliveira e Alberto de Souza, representantes do Sintunesp.

Serviço

– Aplicativo para triagem de sintomas nas unidades: https://pwa4.app.vc/appcareunesp/home
– Plataforma E-Care Sentinela, de apoio à saúde na Unesp: https://www.ecaresentinela.com.br/atendimento
– Seções Técnicas de Saúde: https://www2.unesp.br/portal#!/costsa_ses/apresentacao1825/secoes-tecnicas-de-saude/
– Comitê Unesp Covid-19: covid19@unesp.br
– Mais informações: www.unesp.br/covid19

*Por: Fabio Mazzitelli e Guilherme Paladino

Fonte: Acontece Botucatu

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